Em muitos textos que pensei, quase nenhum deles foi anotado.
Agora, estão perdidos nas minhas memórias, esquecidos pelo tempo. O que me resta são ideias futuras, ainda ocultas de mim, esperando que eu as encontre. Hoje, decido dar vida a algumas das palavras que guardei, para que elas abram o caminho para as histórias que ainda estão por vir.
A caminho do meu trabalho, na BR-230, próximo ao acesso que leva ao Cabo Branco, há uma pequena floresta ou bosque, talvez. Enquanto passávamos por ali, o moto Uber foi cercado por uma névoa branca.
Um cheiro pairou no ar. Então, me perguntei: "O que é isso? Fumaça? Neblina?" Era como se a pista estivesse sendo criada conforme seguíamos por entre aquela névoa densa. Parecia realmente uma neblina. Minha dúvida se desfez quando senti que a ponta do meu nariz gelou.
Logo que passei por aquele mar de névoa branca, o calor dos raios do Sol beijou o meu rosto.
Eram por volta das seis da manhã. Aquele momento breve tornou-se inesquecível, lembrando-me de que mesmo as manhãs mais rotineiras, em relances, carregam experiências que ficam marcadas em nossa memória. Basta estar disposto a observar os encantos que estão ao nosso redor.
[Nota]
Escolhi a crônica Entre a Névoa e o Beijo do Sol para ser minha primeira publicação, não só por ser um dos meus textos favoritos, mas por acreditar que ela é perfeita para dar início a essa nova fase da minha vida. Está crônica é sobre sair de trás das cortinas de névoa e abrir-se para novas descobertas e possibilidades, recebendo o calor de fazer o que se ama. Essa narrativa vai além de vermos o que é belo na rotina diária.

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